Como construir tranquilo? Parte 2

     Neste segundo texto vamos conhecer as técnicas utilizadas na construção. Sempre buscando o sucesso na execução da obra. Saiba também sobre a qualidade e características dos materiais e a nossa capacidade financeira nesse investimento.

    Quando uma obra tem um bom engenheiro, os pedidos chegam na quantidade e no tempo certos, a mão-de-obra é bem treinada, os processos executivos bem-definidos e mesmo assim precisamos ficar atentos.

    O planejamento da construção abrange as ações de otimização no recebimento, armazenagem, movimentação e disponibilização de insumos, materiais, ferramentas, equipamentos, mão-de-obra e informações.

2ª Parte – Técnicas de construção

    A obra é um processo que sofre modificações nas várias fases: fundações, estrutura, elevação de paredes, instalações, acabamentos e fachada. A transição entre essas etapas exige atenção para um melhor aproveitamento de espaços para estocagem de materiais e para equipamentos de movimentação.

    As atividades do projeto devem ser necessárias e inter-relacionadas, caracterizado por uma sequência lógica de execução, que criam dependências de cada atividade em relação às demais.

Pontos que devemos levar em consideração:

• Estrutura Analítica do Projeto (EAP): Objetiva dividir o projeto em componentes de tamanho adequado, desmembrando em unidades menores e mais simples de manejar. Permite que seja conhecido todos os detalhes. Estabelece um método para a elaboração de estimativas de recursos, incluindo custos. Servindo como ferramenta de controle.

• Curva S: Este parâmetro mostra a distribuição de um recurso, de forma cumulativa, representando o projeto como um todo, em termos de homens-hora ou de dinheiro necessários à sua execução. Permite visualizar o ritmo de andamento previsto e sua implementação.

• Análise de Valor Agregado (AVA): O método compara o valor do trabalho planejado com o trabalho concluído. Avalia se os desempenhos de custo e programação da construção estão de acordo com o planejado. Permite antever o resultado provável do projeto em termos de custo e prazo.

• Cronogramas: É representação gráfica da execução da obra, indicando os prazos que deverão ser executadas as atividades. Mostradas de forma lógica, para que o projeto termine dentro das condições estabelecidas. Pode ser apresentado como gráficos PERT/CPM, Roy ou de barras (Gantt). Além de aferir o cumprimento dos prazos, prevê possíveis atrasos. Já o acompanhamento do cronograma financeiro permite informar os recursos necessários ao andamento da obra.

• Responsabilidade Ambiental: define quais serão as ações sustentáveis da construção. Como destinar resíduos e controlar o uso da água e energia para reduzir desperdícios. Usar materiais menos agressivos ao meio ambiente. Além de ser ecologicamente correto ajuda a reduzir os custos da obra.

• Memorial Descritivo: É a conceituação do projeto, normas adotadas para a realização dos cálculos e premissas básicas colocadas em prática durante a execução. Estão reunidos os detalhes de materiais empregados na obra. 

• Normas técnicas: ABNT NBR, é a sigla para Norma Brasileira aprovada pela Associação Brasileira de Normas Técnicas. Uma entidade privada sem fins lucrativos que estabelece normas visando a padronização dos processos produtivos, extremamente importante para o desenvolvimento tecnológico do país. O Brasil tem cerca de 900 normas técnicas voltadas somente à construção civil. Elas precisam estar listadas para os cálculos de insumos. Ou seja, para trabalhar com cimento e concreto, precisamos seguir a respectiva norma.

    Para detalhar todas as etapas de planejamento, precisamos prestar atenção: nos materiais empregados na obra; se foram usados mais materiais do que o previsto; se a equipe técnica, dos projetistas aos colaboradores, estão dentro de expectativas viáveis; ter o entendimento completo do projeto; obter atualizações constantes sobre desperdícios de tempos e dinheiro. Precisamos estar no controle de tudo

     Venha construir tranquilo.